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Curso de Direito da Ufac não tem selo de qualidade

por petrolitano publicado 18/10/2011 11h45, última modificação 18/10/2011 11h42
Jornal A Tribuna, 31.01.2001

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou a relação dos cursos de Direito no País que receberam o selo de qualidade da entidade. Do total de 52 faculdades aprovadas, 38 (73% do total) são públicas. Ao todo, foram analisados 176 dos 420 cursos existentes no País. Apenas 30% receberam o carimbo "OAB recomenda", o que segundo a instituição, mostra a baixa qualidade do ensino jurídico no Brasil.

A Universidade Federal do Acre (Ufac), única a oferecer o curso no Estado, não foi consultada, garante o reitor Jonas Filho, que por isso mesmo, fez severa crítica à Ordem. "A OAB não promoveu uma avaliação geral e essa amostragem não pode refletir a situação de todos os cursos no País. É preciso que se reconheça o curso de Direito com o devido respeito.

Não podemos aplaudir os critérios que foram usados nesta relação". O reitor lembra nomes de grandes juristas nacionais como parte da Universidade, reflexo da eficiência do curso. "Podemos citar Ilmar Galvão, Pedro Paulo Castelo Branco, José Araken Faria, Pedro Ranzi, e tantos outros que enobrecem a instituição", afirma o reitor. O presidente nacional da OAB, Reginaldo de Castro, disse estar decepcionado com o resultado da avaliação.

"A juventude brasileira não pode ser iludida, achando que sai dessas faculdades aparelhadas para disputar vagas no mercado". Já o presidente da OAB/Acre, Adherbal Maximiano Correia, discorda do selo. "Essa relação não é fiel e o que ocorreu foi uma sabotagem dos próprios estudantes no Exame Nacional de Cursos, o Provão. Da nossa faculdade saíram homens brilhantes, hoje juízes em toda parte do Brasil. Cito como exemplo, promotores do MPE e o juiz federal David Wilson Pardo", defende Maximiano.