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Imagens Acreanas: Projeto fotográfico representa o Acre na 2ª Bienal da UNE

por petrolitano publicado 18/10/2011 10h10, última modificação 18/10/2011 10h10
Jornal Página 20, 24.01.2001

O projeto Imagens Acreanas engrossa a lista dos trabalhos selecionados pela comissão da 2ª Bienal da UNE para participar da programação oficial do encontro, que acontece de 3 a 10 de fevereiro de 2001, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. O evento carrega como proposta o incentivo às produções culturais nascidas no interior das universidades do país e como o catalisador de um movimento para a formulação de idéias e conceitos inovadores responsáveis pela afirmação de uma identidade cultural brasileira e transformadora.

Imagens Acreanas, de autoria dos alunos do Curso de História Hezio Rik, Simone Pinheiro, Nélio Magalhães, James Barbosa e Joana Rocha, orientados pelo professor Gerson Rodrigues de Albuquerque, representa o Acre, por meio da Universidade Federal do Acre, juntamente com os projetos e produções culturais como o espetáculo teatral Do Outro Lado do Rio (montagem do Grupo VERSU e sob a direção de Henrique Silvestre) e Ciência e Tecnologia - Projeto Ecoturismo para Xapuri, de Demerson Lima e outros.

Com o objetivo de resgatar as nuances, os aspectos do universo cotidiano e urbano da cidade de Rio Branco, Imagens Acreanas em sua concepção, traz uma exposição fotográfica com imagens que retratam todo esse universo. Utiliza ainda como instrumento trabalho em tela da artista plástica Eliane Rudney, representando sua visão sobre o urbano rio-branquense.

O trabalho, que será mostrado na 2ª Bienal da UNE, é composto por um mix com folders explicativos, resumo sobre o trabalho de cada fotografo e conta ainda com uma divisão espacial que permita ao visitante uma interação com os aspectos abordados no trabalho.

Para os organizadores do projeto, uma exposição que traga esse tipo de conotação pretende, antes de tudo, propor uma reflexão séria a respeito da questão de se pensar a cidade e todo o universo urbano, principalmente quando se trata da realidade amazônica. "Os rostos, os gestos, os modos de viver de diferentes comunidades aparecem em nossas imagens, não como a realidade tal qual se apresenta, mas como um recorte, um olhar, uma representação que cada um dos nossos fotógrafos observa", diz Hezio Rik.

Segundo ele, as imagens fotográficas sobre Rio Branco são carregadas de subjetividade, opinião, decisão política como proposta para uma análise sobre a cidade com suas contradições, conflitos e diversidades. "O trabalho Imagens Acreanas, a exposição, procura chamar atenção para uma reflexão sobre uma cidade e uma gente que é plural, contrária aos rótulos pela mídia e as elites dominantes", acrescenta.

Dentro de uma visão histórica sobre a cultura amazônica, os organizadores do projeto chegaram a conclusão que o universo que habita o urbano rio-branquense constitui uma pluralidade de realidades culturais, cada uma com suas particularidades. E é essa reflexão que será lançada na 2ª bienal da UNE.