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Greve na Ufac compromete início do segundo semestre

por petrolitano publicado 08/11/2011 15h41, última modificação 08/11/2011 15h41
Jornal A Tribuna, 18.07.2001

Reitores de todas as universidades federais poderão desencadear um movimento inédito no País, paralisar as suas atividades em protesto à falta de repasses pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) na modernização e incentivo a pesquisa. No Acre, o reitor Jonas Filho, da Universidade Federal do Acre (Ufac), diz que ainda não recebeu comunicado da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições de Ensino Superior), neste sentido. "Não nos foi encaminhado nada por enquanto, mas admitimos que a universidade passa por problemas financeiros, os recursos são escassos e o trabalho é executado com muita dificuldade."

A cogitação ocorre à véspera de uma paralisação geral dos servidores, no próximo dia 25 deste mês. Os funcionários reivindicam reajustes salariais de 65,48% e incorporação de 160% da Gratificação de Atividade Executiva (GAE).

No Acre, são pelo menos 672, dispostos a fechar biblioteca, Restaurante Universitário, centros acadêmicos, coordenações de cursos e secretarias, comprometendo o segundo semestre letivo.

"A greve é um instrumento democrático de reivindicação e prevíamos que as aulas começassem no dia 13 de agosto, mas com deflagração do movimento este prazo deverá se estender um pouco mais. Mas acredito que não acarretará grandes transtornos aos estudantes", analisa Jonas Filho.

O Sindicato dos Trabalhadores de Ensino do Terceiro Grau no Acre (Sintest) reafirma a intenção de paralisar. "Vamos mobilizar todo o mundo e é provável que os professores decidam também paralisar", disse o presidente do Sintest, Dário Lopes, na semana passada. Os docentes da Ufac também têm reunião marcada para o dia 5 de agosto, onde decidirão se aderem ou não ao manifesto. 

Decisão ainda não é oficial

O reitor Jonas Filho disse ontem que ainda não há uma posição oficial da Universidade quanto à criação de mais um curso, o de Psicologia. O pedido teria sido feito pela deputada Naluh Gouveia e deverá ser apreciado primeiro pelos departamentos, para então ser analisado pelo Conselho Universitário.

"Não negamos que o curso possa ter sido solicitado, mas o fato é que até agora nada neste sentido chegou até nós. Porém, no momento a nossa prioridade é o curso de Comunicação Social, que se inicia neste segundo semestre e também o de Medicina, previsto para o próximo ano", explica Jonas Filho.

Apesar de ainda não ter laboratórios especializados para desenvolver as habilidades dos estudantes de comunicação - rádio, TV e jornal escrito -, a Ufac utilizará neste primeiro momento, a mão-de-obra dos professores do Departamento de Letras. Os estudantes vão absorver matérias básicas, como a Língua Portuguesa, por exemplo, cujos especialistas são da área de Letras.