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Alunos da Ufac reclamam de cursos não reconhecidos pelo MEC

por petrolitano publicado 01/11/2011 11h53, última modificação 01/11/2011 11h53
Jornal A Gazeta, 30.05.2001

Vários cursos da Universidade Federal do Acre (Ufac), mesmo após anos de funcionamento, não têm o reconhecimento do Ministério da Educação e Cultura (MEC). Os universitários desses cursos e os antigos estudantes que passaram pela Universidade estão inconformados e preocupados com o destino de seus diplomas e até mesmo dos certificados.

Os cursos da Ufac que ainda não foram reconhecidos pelo MEC são bacharelado em História, Análise de Sistemas, Engenharia Civil e Letras- Espanhol, que foram criados no início da década de 90 e já formaram várias turmas de alunos.

Segundo o pró- reitor de graduação da Ufac, Mark Clark, há uma certa lentidão que já se tornou natural no reconhecimento dos cursos de todas as universidades federais. “Existe uma diferença grande entre reconhecimento do MEC e entre credenciamento e é isso que os alunos não compreendem. O MEC faz uma série de exigências e há uma certa demora por questões internas da universidade. Primeiro temos que passar por um processo de credenciamento e só depois pelo reconhecimento. A Universidade tem autonomia para criar e oferecer novos cursos à comunidade e a Comissão do MEC só faz seu trabalho de reconhecimento dos cursos após a formatura da primeira turma.”

De acordo com Clark houve também uma mudança nas normas da nova LDB que limitou o prazo de cinco para três anos no que diz respeito as avaliações do MEC concedendo um reconhecimento do curso de acordo com as condições de oferta.

Alunos estão preocupados

Uma das alunas que não quis se identificar formada em Letras-Espanhol pela Ufac no ano passado afirmou que recebeu apenas o certificado de conclusão de curso, já que ainda o mesmo não é reconhecido pelo MEC. “Desde o ano passado aguardo o reconhecimento do meu curso. Não estou exercendo a profissão, mas conheço muita gente que se formou comigo que precisava do diploma para poder dar aula em outro Estado e não pode pela falta do reconhecimento do MEC”, disse.

A universidade já formou três turmas no curso de Letras-Espanhol e ainda não tem previsão de quando será reconhecido. Há uns quinze dias, a Coordenadoria de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino (Caden) convocou os coordenadores de cursos para discutir o assunto e tentar acelerar o reconhecimento.

O presidente do Centro Acadêmico de Engenharia Civil, Jerônimo Brasil, do último ano do curso em fase de reconhecimento pelo MEC, afirmou que todos os alunos estão se sentindo aliviados pelo reconhecimento. “Acredito que cada curso tem uma certa independência aqui na Ufac. Nós, do Departamento de Engenharia, lutamos para que esse reconhecimento acontecesse e estamos respirando aliviados pelo curso estar sendo reconhecido antes de sairmos para o mercado de trabalho. Nossas preocupações no início do curso são mais relativas à qualidade do ensino, às nossas carências, mas quando vamos chegando no último ano, aí surge essa preocupação. Não queremos passar por constrangimento perante a sociedade e acho que todos esses cursos deveriam cobrar esse reconhecimento, sim”, declarou.