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Estudantes fazem manifestação na Ufac

por petrolitano publicado 01/11/2011 11h26, última modificação 01/11/2011 11h26
Jornal A Gazeta, 17.05.2001

CONCITA CARDOSO 
Editora-assistente


Todos vestidos de preto, os estudantes do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Acre (Ufac) se reuniram na manhã de ontem e realizaram um protesto silencioso em frente ao gabinete do reitor, Jonas Filho. O objetivo era chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas no curso. A mais grave é a falta de professores, que acarreta o atraso na conclusão do curso previsto para cinco anos e acaba findando em sete anos.

Os acadêmicos com faixas e cartazes desfilaram pelos corredores da universidade mostrando sua insatisfação com a instituição. O curso de Enfermagem enfrenta problemas com a falta de professores desde a sua criação. Os mais prejudicados são os alunos que cursam o quarto período, que são obrigados a trancarem o período e quando não o são, demoram um ano e meio para concluí-lo, enquanto que o máximo seria quatro meses.

Queremos estudar. Já perdemos a conta de quantos dias tivemos que ficar sem aulas por falta de professores. Além disso, não temos laboratórios equipados de anatomia e nem de fisiologia, o que acarreta grandes prejuízos”, relata o estudante Nelson Deicke.

O pró-reitor de Extensão, Mark Clark Assem de Carvalho, esclarece que a reitoria está tentando contornar a situação. A alternativa encontrada foi promover concurso para a contratação de professores substitutos. Doze vagas foram oferecidas em áreas distintas. Dessas, somente três foram preenchidas.

Ele esclarece que isso não foi por causa de baixos salários oferecidos e sim a desistência dos profissionais. A outra seria a não aprovação nas provas a que foram submetidos.

“Ao contrário do que muitos pensam, não é a Ufac que determina o salário desses professores. Os valores pagos a eles são praticados a nível federal. No Acre, a situação é mais grave porque os concursos oferecidos atualmente são para professores auxiliares, o que exige especializações como mestrado e doutorado e a grande maioria não possui”, esclarece o pró-reitor.