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Estudantes de Enfermagem querem cancelar vestibular 2002 para o curso

por petrolitano publicado 27/10/2011 10h11, última modificação 27/10/2011 10h11
Jornal O Rio Branco, 21.03.2001

O Centro Acadêmico de Enfermagem estuda a possibilidade de uma mobilização ainda este ano para que se cancele o vestibular de 2002 para o curso. A idéia é que enquanto a universidade não estruture o curso não se faça outros vestibulares, a exemplo do que aconteceu com Enfermagem no ano passado em Rondônia. Os estudantes estão revoltados com a falta de estrutura oferecida que são reivindicadas há anos.

Os pontos fracos de Enfermagem, de acordo com o presidente do Centro Acadêmico Fábio Aragão Pacheco, são apontados pelos próprios alunos que sentem todos os semestres a falta de professores suficientes, equipamentos laboratoriais e até de um cadáver completo para os estudos de Anatomia.

Para se ter idéia das dificuldades, além de não haver um microscópio, entre outros equipamentos de laboratório, o último cadáver que havia para pesquisas, mantido pela Ufac (apelidado de Godofredo), tinha 18 anos de morto e há dois fora aposentado, ou seja, desapareceu da caixa d'água com formol onde era mantido.

Depois de muitas promessas das administrações, o que se tem até agora é muito improviso pondo em jogo a qualidade do curso, um dos mais bem conceituados pela avaliação geral da Ufac pelo MEC. "Não adianta abrir vestibular para novos alunos se não há estrutura suficiente para suportar outra carga de acadêmicos", afirma o presidente do C.A.

A situação se encontra tão dramática pela falta de professores que chegou ao ponto de que turmas que se encontram mais avançadas em seus estudos, terem que estacionar e esperar outras que estão mais atrás para poderem dar continuidade ao semestre.

 

"Devido à falta de professores, uma turma é obrigada a aguardar a outra para poder avançar nos estudos. Eu estou indo para o 5º ano do curso e por causa disso estou ainda no sétimo período quando deveria estar no nono, ou seja, faltando um semestre para terminar", explica Fábio, ressaltando que a sua situação é a de dezenas de outros colegas.

Segundo o acadêmico, o problema maior se encontra na falta de contratação de professores do ciclo profissional, período onde se estuda matérias mais específicas e exige enfermeiros de verdade. Quanto às matérias do ciclo básico, Fábio informa que não existem problemas, pois esta área é suprimida por professores de outros departamentos e cursos.

Fábio, que tem sido fortemente pressionado pelos colegas de curso para que busque soluções, pretende conversar ainda esta semana com os membros do Diretório do Centro Acadêmico (DCE) e com o reitor Jonas Filho para que se ache uma solução razoável para os problemas.