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FHC: o “sociólogo” do terror

por petrolitano publicado 09/11/2011 15h03, última modificação 09/11/2011 15h03
Jornal A Gazeta, 28.11.2001

*José Mastrangelo


Há sete anos no exercício da Presidência da República vem castigando severamente a classe dos professores das instituições federais de ensino, aplicando-lhes golpes que jamais poderiam ser desferidos por um professor internacionalmente conhecido como pertencente à “esquerda”. 

Lamentável!

Recentemente, através de um decreto, chamou para si o poder de liberar os recursos financeiros destinados ao pagamento dos servidores públicos, ferindo propositalmente o preceito constitucional, que estabelece a autonomia de gestão dos órgãos da administração federal.

Baixou este ato administrativo, para muitos considerado ato institucional de exceção, na atual ocorrência da greve das universidades federais, que ontem completou três meses de duração, querendo, dessa forma, sufocar o movimento grevista, retendo salários, mentindo, afrontando a Justiça Federal com o descumprimento de medidas liminares, usando artifícios “legais” descabíveis e, enfim, rasgando a constituição. Que mau exemplo!

E não é de hoje. O que esse cidadão vem causando de atrocidades e de transtornos à sociedade brasileira nem nos tempos da ditadura militar. À luz do “estado de direito” – que é uma falácia -, esse cidadão foi à caça dos mais pobres para cassar-lhes os direitos fundamentais, entre os quais a sua própria sobrevivência com a redução do salário mínimo, que é um dos mais baixos do mundo. Perseguiu os sindicatos, enfraquecendo-os com medidas draconianas e, com isso, tirando o direito do cidadão de organizar-se. Destruiu a harmonia entre os três poderes constituídos, comparando a Justiça a um manicômio. Comprou votos no parlamento, como alguns parlamentares já admitiram, para atender os seus interesses que, de fato, são os mesmos dos credores internacionais, aos quais é submisso e subserviente, apesar de sua retórica declarar que não é bem assim. Traidor!

O Brasil está envergonhado com o comportamento deste presidente, que já o ridiculariza através de comércios irônicos, vinhetas e charges pouco edificantes. Bem que poderia aplicar-lhe um impeachment! Boris Casoi o qualificou de stalinista, referindo-se ao segundo presidente da ex-União Soviética, que mandou matar – literalmente – pessoas inocentes que, simplesmente se negavam a aderirem ao novo regime.

FHC está usando a sociologia para espalhar o terror entre as classes sociais, desagregando-as, disseminando a discórdia, ao invés de superar os seus conflitos, que são imanentes ao sistema social que temos, e construir uma sociedade mais justa e harmônica.

Não. Prefere dar um salto para trás, caindo na época da escravatura, governando como senhor absoluto, cabendo exclusivamente a ele o destino de seus súbitos escravos, alegrando-os com pão e circo. De um ano para cá, vem distribuindo “generosamente” bolsas (escola, alimentação, renda, etc.) com o intuito de ganhar a simpatia do eleitor menos avisado em torno da candidatura de seu sucessor. A sua “benevolência” não tem nada de solidariedade para com a classe mais pobre, também porque esse cidadão não tem algum temor nem a Deus, a quem acredita.

Felizmente, FHC, o “sociólogo” do terror tem os seus dias contados. Pagará caro por tudo aquilo que está fazendo. Os professores em greve jamais esquecerão as atrocidades por ele praticadas contra a sua classe.

O país está mergulhado numa crise profunda. Como sair dessa? Para não apagar o futuro, precisa apagar quem nos obriga a viver na escuridão! O “sociólogo” do terror.

*Professor de Sociologia da Ufac