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Professores em greve decidem não retornar às aulas na segunda-feira

por petrolitano publicado 09/11/2011 15h07, última modificação 09/11/2011 15h07
Jornal A Tribuna, 30.11.2001

As aulas da Ufac não começam na segunda-feira, como fora noticiado durante a quarta-feira. O mesmo é adotado nas outras instituições de ensino superior espalhadas pelo País. Ontem, os professores realizaram assembléia em sala do Departamento de Letras, para repassar a posição do comando, neste segundo dia após o sinal de desfecho do movimento.

"O procedimento agora é esperar que o Projeto de Lei seja transformado em Lei, em caráter de urgência urgentíssima, para então reiniciarmos os trabalhos", informou ontem a professora Eloísa Nascimento.

O acordo fechado e assinado por diretores sindicais, parlamentares do Congresso Nacional e o próprio ministro da Educação, Paulo Renato de Souza, ocorre na segunda de manhã, em Brasília.

Na Ufac, a reunião, que serve de indicativo para saída de greve, acontece logo depois, pela parte da tarde (15 horas).

A reposição - de 12% a 13% - incide sobre o salário-base a partir do mês de fevereiro de 2002. Para isso, estão previstos recursos no valor de R$ 363 milhões. No índice não está incluído os 3,5% proposto pelo Governo Federal.

"Foram os 3,5% o estopim da greve", recorda o professor João Lima, um dos líderes do Comando de Greve. "Agora constatamos que os recursos sempre existiram e que o problema era meramente político", avalia.

Do valor total fechado no acordo com os grevistas, R$ 250 milhões já estavam garantidos. Equipes da Andif, Sinasef e Andes, instituições sindicais que apoiaram a greve, devem trabalhar com os parlamentares na elaboração do acordo, durante este fim de semana.

Os estudantes da Ufac serão informados sobre o retorno das aulas pela imprensa, ainda na próxima semana.

Ufac terá 27 novas vagas para professores em 2002

Os docentes avaliam como positiva a reposição, mas acreditam que outros fatores dentro das negociações foram mais relevantes. Uma delas é que a Ufac receberá autorização para abrir 27 novas vagas para professores do quadro efetivo, a partir de 2002.

"O número faz parte dos 2 mil novos postos que serão implantados no próximo ano, para professores de ensino superior em todo o País", diz João Lima. O impedimento do regime de emprego público, a manutenção do regime jurídico único e a própria ampliação de vagas deixam os docentes extremamente fortalecidos, depois deste movimento, que completou ontem 100 dias. 

Critérios para as aulas


O Conselho Universitário da Ufac deve se reunir na terça ou quarta-feira para discutir os critérios a ser adotados para lecionar todas as disciplinas do segundo semestre, totalmente atrasado. "Acredito que eles devam seguir o mesmo que fizeram alguns anos atrás, quando tivemos que ver o conteúdo de apenas uma das disciplinas, praticamente em duas semanas", supõe Vanessa Oliveira, do curso de Português/Espanhol.

Outra probabilidade é usar também os fins de semanas e feriados. "Já temos aulas aos sábados, mas não podemos precisar ainda como deve ficar o horário", ressalva o professor José Mastrângelo, também do Comando de Greve.