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Sustentabilidade e mudanças climáticas são temas de seminário

por Ascom02 publicado 01/01/2013 18h50, última modificação 01/01/2013 18h50
Jornal Pagina20.uol.com.br, 13 de dezembro de 2012
Escrito por Leandro Chaves - leandrochaves@pagina20.com
13-Dez-2012

Evento aconteceu na manhã de ontem, no auditório da Eletrobras Distribuição Acre

Gestores e servidores públicos e empresários ligados ao meio ambiente participaram, na manhã de ontem, no auditório da Eletrobras Distribuição Acre, do seminário “Desenvolvimento Sustentável em Tempos de Mudanças Climáticas: Acre pós-Rio + 20”. O debate foi promovido pela Rede Nacional de Mobilização Social (Coep) com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), órgão do governo do Estado, e da Eletrobras.

O evento teve o objetivo de alimentar o debate sobre a sustentabilidade como forma de amenizar o aquecimento global, além de promover as articulações para o cumprimento de compromissos assumidos pelo Brasil na Conferência das Nações Unidas para o Clima, a Rio + 20, realizada no Rio de Janeiro em junho deste ano – essas metas correspondem à implantação de novos modelos de produção e gestão sustentáveis.

“No Acre, pelo reconhecido compromisso que temos demonstrado com as questões ambientais, sociais e econômicas, esse evento assume um papel de grande relevância como mecanismo de interação e articulação entre instituições e pessoas de forma a intensificarmos nossas iniciativas através de parcerias cada vez mais fortes entre governos e sociedade”, informa o material de divulgação do seminário.

O evento teve início com uma intervenção da secretária executiva do Coep nacional, Gleyse Peiter, sobre o papel da cidadania ativa na construção do desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza no Brasil Pós-Rio+20. Depois, foram realizados dois painéis sobre Saneamento Ambiental e Economia Sustentável.

No primeiro, o secretário municipal de Desenvolvimento e Gestão Urbana (SDGU), José Otávio Francisco Parreira, apresentou informações sobre os aquíferos de Rio Branco, seguido da palestra “Cobertura de Saneamento Básico no Estado do Acre: Saúde, Meio Ambiente e Cidadania”, ministrada por Dannya Coutinho, diretora de Saneamento do Depasa.

No painel Economia Sustentável, o diretor-presidente da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac), Luiz Augusto Mesquita Azevedo, falou sobre os caminhos para a construção de uma economia sustentável no Estado. Depois, foi a vez do diretor executivo da empresa Floresta Desenvolvimento de Projetos Ltda., Marckus Erwin Brose, abordar o reflorestamento de pastagens degradadas no Acre.

Caminhos ao desenvolvimento sustentável

Uma das ações planejadas é o plantio de 135,5 mil hectares em áreas degradas. O prazo para a ação, desenvolvida pela Floresta Desenvolvimento de Projetos Ltda. e Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), é de até 10 anos.

Serão plantados 10 mil hectares em seringueiras no Alto e Baixo Acre; 69 mil hectares de floresta com fins madeireiros nas mesmas regiões; e 56,5 mil hectares de eucalipto com fins energéticos no Baixo Acre e Juruá, explicou Marckus Erwin Brose.

“Tudo isso sem derrubar uma única árvore. A ação vai criar 20 novos mil postos de trabalho no meio rural em uma década. Estamos identificando prestadores de serviços no Acre para aquisição de máquinas e trabalhos com viveiros e plantios, além de termos firmado uma parceria com o curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Acre (Ufac) para o apoio por meio de estágios com os alunos da faculdade”.

Os desafios para essa e outras ações são muitos. Segundo o diretor-presidente da Funtac, Luiz Azevedo, um deles é o fato de boa parte do Acre estar localizado em território de fronteira e quase metade de suas terras pertencerem ao governo federal, devido às Terras Indígenas e Unidades de Conservação demarcadas.