UFAC mantém calendário acadêmico e realizará um senso para identificar o número de alunos alagados

Membros do conselho Universitário da UFAC se reuniram hoje (24), em assembleia, para decidir se a instituição começa ou não o ano letivo de 2012 em 1° de março, bem como para propor planos de contingência para ajudar os desabrigados da alagação.

No início da reunião, os membros relembraram o papel da instituição em ajuda os desabrigados. Para muitos, a UFAC não está fazendo seu dever de casa em colaborar efetivamente, a exemplo de outras universidades particulares. Pensando nisto, os conselheiros lançaram uma campanha para arrecadar alimentos aos atingidos pela alagação.

O Vice-reitor, Pascoal Torres Muniz, diz que a instituição ainda não tem noção da quantidade de alunos que foram atingidos pela alagação e com essa medida, facilitará no senso que pretendem realizar. “São 7 mil alunos que estudam na UFAC só na capital, no interior são aproximadamente mil alunos. Ainda não temos relatórios que comprovem a situação desses alunos na alagação”.

O Vice-reitor conclama aos alunos para que venham as aulas e façam doações, “A guarita do prédio será o ponto de arrecadação de alimentos não perecíveis que entregaremos ao comando da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros”.

Não por menos, o representante estudantil do DCE/UFAC (Diretório Central dos Estudantes) Maik da Silva, diz está receoso pela decisão do início das aulas. Segundo ele, a reunião foi pautada pela hipótese e não pela realidade. “Sem apresentar dados estatísticos, os membros debateram sem conhecer a realidade. Acredito que a universidade deveria disponibilizar bolsas para ajudar os alunos desabrigados, ao invés de começar as aulas”.

Outro fator importante que foi debatido refere-se aos abonos de faltas e suas justificativas. Segundo decisão do conselho, os professores serão orientados, na primeira semana, a abonar as faltas dos alunos que foram atingidos pela alagação.

Sem a presença da Reitora Olinda Batista que está viajando, por problemas de saúde, os conselheiros resolveram manter o calendário acadêmico, ou seja, as aulas vão começar normalmente no dia 01 de março.

O Conselho decidiu ainda pela realização de um senso, em parceria com as coordenações dos cursos, para saber a quantidade de alunos e sua situação na alagação.

Membros do Conselho, que preferiram não se identificar, comentaram que realizar um senso, investindo tempo e recursos, para confirmar o caos instalado no Estado é, no mínimo, um disparate. De fato, a mobilização desse efetivo poderia ser redirecionada em apoio às vítimas da alagação. Certamente, seria mais útil para comunidade.

Wanglézio Braga
Do Acrealerta.com