Greve dos professores na Ufac atinge todos os cursos
Paralisação é por tempo indeterminado, e apenas aulas em casos excepcionais serão permitidas
A greve dos professores da Universidade Federal do Acre (Ufac) começou pra valer nesta segunda-feira (21). A paralisação, que acontece em todos os mais de 40 cursos da instituição, não tem data para acabar. Em todo o Brasil, já são pelo menos 42 entidades federais de ensino superior em greve. Os docentes pedem reajuste salarial, melhores condições de trabalho e concurso público, entre outras reivindicações.
Diante da paralisação em massa de várias universidades, o governo federal reagiu e, em reunião com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) em Brasília, prometeu uma forma de intervir na greve, que deve alcançar mais universidades nos próximos dias. Nesta quarta e quinta-feira haverá outro encontro entre grevistas e o Ministério da Educação (MEC) para tentar resolver o impasse.
O vice-presidente da Associação dos Docentes da Ufac (Adufac), Raimundo Lopes de Melo, explica que apenas as aulas de mestrado e as disciplinas ministradas por professores de fora não serão afetadas pelo movimento. “Quem não aderir à paralisação deverá se justificar perante o comando de greve”, avisa o educador.
Embora o acadêmico de Engenharia Civil Jonas Couto concorde que as condições da Ufac não sejam favoráveis aos professores, ele não vê a greve com bons olhos. De Minas Gerais, ele teme que a paralisação demore meses e atrapalhe sua viagem de fim de ano ao Estado onde nasceu.
“A gente fica sem aula e não dá para viajar porque a greve pode acabar a qualquer momento. Para quem é de fora é pior ainda porque sei que no fim do ano possivelmente estarei no Acre repondo as aulas perdidas. Agora não dá para fazer plano nenhum”, disse.