Você está aqui: Página Inicial > Notícias da UFAC > Ufac na Imprensa > Edições 2016 > 06 - Junho > 1ª doutora formada pela Ufac defende tese
conteúdo

1ª doutora formada pela Ufac defende tese

por daniel.ascom publicado 15/06/2016 12h30, última modificação 15/06/2016 12h30
Publicado por: Página 20

A Universidade Federal do Acre (Ufac) certificou, após 52 anos de fundação, a primeira doutora formada e com diploma expedido pela instituição. Márcia Elisabete Parazi Morselli defendeu, durante a tarde dessa segunda-feira, 6, a tese intitulada “Implicações Sanitárias e Genéticas como Fatores de Reintrodução da ‘Podocnemis expansa’ na Natureza”. Ela será certificada pelo programa de pós-graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Bionorte), da Ufac.

O reitor da Ufac, Minoru Kinpara, ressaltou que este é um momento histórico para a universidade e para as mulheres. “Estamos vivendo um momento histórico e quero parabenizar a doutora pela conquista. O primeiro doutor da Ufac é uma doutora. Parabéns para as mulheres que mais uma vez saíram na frente”, disse.

Até o final de julho, mais seis doutorandos irão realizar defesas públicas de tese de doutoramento pela rede Bionorte da Ufac.

Para Kinpara, este é o início de um novo ciclo na universidade. “Estamos formando a primeira doutora de muitos que virão. Até o final do mês, certificaremos mais seis. Daqui para frente, isso será uma constante, pois teremos, muito em breve, quatro cursos de doutorado certificados pela Ufac. Este é um novo ciclo em que a Ufac irá se tornar referência em algumas áreas da pós-graduação”, afirmou.

Kinpara lembrou que a gestão superior trabalhou muito para que a Ufac não perdesse o status de universidade e fosse rebaixada para centro universitário e que essa história começou a mudar em 2013, quando a instituição obteve a proposta de implantação de seu primeiro doutorado aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal e Nível Superior (Capes). O curso de doutorado em Produção Vegetal foi o primeiro ofertado, institucionalmente, pela Ufac, que hoje conta com 16 mestrados e quatro doutorados.

Para o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Gradução, Josimar Batista, é preciso investir na rede Bionorte. “Não é só formar. Precisamos ter qualidade na formação, bem como qualidade de infraestrutura para manter as pesquisas no nosso Estado”, comentou. “Precisamos de equipamentos e pessoas, o que tornará a Ufac uma grande universidade.”

O complexo Bionorte da Ufac promove a formação interdisciplinar de estudantes de iniciação científica, do programa de pós-graduação em Ciência, Inovação e Tecnologia para a Amazônia (Cita) e do doutorado Bionorte.

Márcia ressaltou a importância do programa da Bionorte-Acre. “Este é um grande passo para a Ufac. Até hoje, todos os doutores formados e que trabalham na universidade precisaram sair [do Acre] para estudar”, disse. “Esse programa dá a oportunidade de sermos formados por aqui mesmo. É uma quebra de barreiras.”

Márcia pesquisou a diversidade genética de um grupo de tartaruga da Amazônia (‘Podocnemis expansa’), localizado em uma fazenda da região. “É importante saber se os animais criados em cativeiro podem ser transferidos para a natureza sem causar impactos ambientais, pois se a diversidade genética for baixa eles correm mais risco de transmitir e contrair doenças”, explicou a doutoranda.

A banca de examinadores foi composta pelo professor Fernando Sérgio Escócio Drummond Viana de Faria (orientador), pelo professor Moisés Barbosa de Souza, pela professora Rosenil Dias de Oliveira, pelo professor Ricardo Amaral e pela professora Clarice Maia Carvalho.

A rede Bionorte

A rede Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Bionorte) realiza atividades de ensino e pesquisa com foco na biodiversidade e biotecnologia para desenvolvimento sustentável da região. O programa de pós-graduação oferecido pela Bionorte está baseado no tripé biodiversidade, biotecnologia e conservação.