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Estudantes realizam expedição a Serra do Divisor

por Ascom02 publicado 26/01/2016 15h00, última modificação 26/01/2016 16h13

Considerada a mais setentrional fronteira estrangeira do Acre, a Serra do Divisor é famosa entre pesquisadores, curiosos e turistas pelo título de local de maior diversidade do planeta. Na transição entre as terras baixas da Amazônia e a cadeia de montanhas dos Andes, o parque mantém sua fauna e flora intocadas até hoje.

Interessados no caráter heterogêneo da região, estudantes do curso de licenciatura em Geografia, do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), no município de Cruzeiro do Sul, realizaram uma expedição que percorreu os principais pontos de visitação do Parque Nacional da Serra do Divisor (PNSD): Mirante da Serra, Cachoeira do Ar-Condicionado, Cachoeira do Amor e Buraco da Central.

A expedição foi coordenada pelo professor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), Waldemir dos Santos, como atividade complementar de campo à disciplina Biogeografia. A visita foi realizada entre os dias 16 e 20 de janeiro e envolveu, ao todo, 33 estudantes.

“O principal objetivo da atividade foi aliar teoria à prática, também aproveitando para reconhecer um local que, apesar da proximidade, permanece ainda desconhecido para a maioria das pessoas”, justificou o professor. “A expedição à serra foi importante para treinar o olhar diferenciado que esses futuros professores e pesquisadores têm de ter sobre as nossas paisagens.”

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Para chegar à serra, o grupo precisou solicitar uma autorização (obrigatória para entrada de qualquer visitante) ao ICMBio, responsável pelo lugar. A viagem de, aproximadamente, 88 quilômetros entre o porto de Mâncio Lima (cidade mais próxima) e o pé da serra foi realizada em um barco guiado por um nativo da região.

A dinâmica da expedição incluiu a aplicação da técnica do quadrante para avaliação da sociabilidade e estratificação da comunidade vegetal. Nenhum material biológico foi retirado do parque, que é uma área de proteção ambiental. A observação do lugar permitiu análise fitossociológica das comunidades vegetais, o metamorfismo das rochas e a composição da biodiversidade local.

Postado em: 26/1/2016