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Ufac entra em greve e compromete segundo semestre

por petrolitano publicado 08/11/2011 15h48, última modificação 08/11/2011 15h48
Jornal O Rio Branco, 26.07.2001

Insatisfeitos com os rumos e a morosidade que as negociações com o MEC estão tomando, os servidores federais das universidades resolveram ontem cruzar os braços em greve. O eixo principal da paralisação são os aumentos referentes às perdas salariais dos últimos sete anos, equivalentes a 75,48%, seguido de negociações sobre os critérios de aplicação da Gratificação de Desempenho Técnico-Administrativo e Educacional (GEDAE), que substituiu a Gratificação de Atividade Educacional (GAE).

Na Ufac, a decisão foi tomada ontem em assembléia com a categoria, que aderiu à paralisação com mais 20 das 58 universidades federais localizadas em várias regiões do país. Até a próxima semana, há previsão de que todas as universidades estejam paradas. Para as reivindicações salariais,  o governo alega que agora não tem caixa, oferecendo somente 10% de reajuste a partir de janeiro do ano que vem.

Com a paralisação, ficam comprometidos o trabalho dos professores e o andamento do segundo semestre, que também depende dos serviços dos técnico-administrativos para poderem ter aulas. “Os professores podem resistir até uma semana, porém, a partir daí, a tendência é que a situação comece a complicar”, ressaltou o presidente do Sintest, Dário Lopes Figueiredo.

Dentro do rol de reivindicações, consta a incorporação das gratificações às aposentadorias, além do aumento do vale-alimentação, congelado em R$ 81,40, para que se equiparem aos dos servidores dos poderes Judiciário e Legislativo, no valor de R$ 250.

Segundo o presidente Dário, o único avanço no campo das negociações com o MEC foi quanto à pontuação da GEDAE, novo método de gratificar o servidor por meio da fiscalização e desempenho do seu trabalho.

“Conseguimos que a gratificação anterior de 160% em cima dos salários fosse garantida e mantida, contando a partir daí a pontuação por desempenho, que vai de zero a 200 pontos”, explicou o sindicalista.

Nos critérios de avaliação da GEDAE contam, além do desempenho e freqüência do servidor em seu setor, o número de cursos e seu nível de escolaridade. Para Dário, muitos servidores poderiam sair prejudicados com essa metodologia, já que a maior parte dos funcionários é antiga e com baixa escolaridade.Com a adesão dos servidores à greve, ficam prejudicados os trabalhos na biblioteca, limpeza, laboratórios, departamentos, coordenações e gráfica, entre outros.

A paralisação irá afetar também o interior do Estado, principalmente Cruzeiro do Sul, que tem oito funcionários para a manutenção do campus local.