Apresentação
O curso de Bacharelado em Jornalismo da Universidade Federal do Acre foi criado em 2001 ainda com a nomenclatura Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo. Foi o primeiro curso no Estado do Acre nesta área, com o Esta graduação foi elaborada com o objetivo de atender uma demanda da sociedade, levantada principalmente por entidades sindicais de jornalistas que buscavam formação local para “romper com a dependência de importação de comunicadores oriundos de outras regiões do país” (UFAC, 2001, p. 6) e para a melhoria da qualidade das produções jornalísticas regionais.
Em 2013 foi iniciado um processo de reformulação do curso, o qual culminou com a mudança de grade curricular e de nomenclatura passando, a partir de então, a ser denominado Curso de Bacharelado em Jornalismo. A primeira turma da nova grade ingressou na instituição em 2015. Entre os objetivos estão o de formar profissionais e pesquisadores para atuação crítica acerca de fatos e processos socioeconômicos e culturais da região amazônica, bem como o de fomentar levantamento de dados, produção de informação, análises e interpretação de problemas da realidade social e, desta forma, contribuir com a qualidade de execução das políticas públicas e divulgação das manifestações da sociedade e dos atos do poder público.
Na Amazônia Ocidental há inúmeras necessidades e demandas de formação na área de Jornalismo. As empresas enfrentam dificuldades em diversos níveis, como a dependência de verbas estatais/públicas, bem como a forte tendência à influência política nos meios de comunicação prejudicando a independência ideológica dos conteúdos. Parte dos profissionais que atuam na área não possui formação específica ou adequada. Em um contexto em que a dinâmica histórica é desafiadora, o debate público requer profissionais que contribuam qualitativa e criticamente para o aprimoramento dos processos políticos, econômicos, sociais e culturais.
No Estado do Acre, a demanda por formação universitária cresceu consideravelmente nos últimos anos. O aumento da população universitária foi consequência lógica do incremento substancial dos níveis de escolaridade da população e das condições de desenvolvimento sociocultural que permeiam o Estado.
O campo de trabalho local é constituído basicamente de empresas de pequeno e médio porte e por órgãos públicos ou de interesse público. Há empresas privadas que produzem jornais e revistas, impressos e online, vídeos, editoração e material gráfico. Há empresas de rádio e de TV que operam como concessionárias dos meios de comunicação de massa atuando em rede nacional e local, com programação jornalística e entretenimento. Além disso, existe um mercado em expansão em assessorias de comunicação ligadas a órgãos governamentais e empresas privadas.